Santa Catarina acaba de dar um passo histórico rumo à consolidação como um dos principais polos de inovação tecnológica do mundo. No dia 20 de maio de 2025, o Estado tornou-se o 18º membro oficial da Disruptive & Emerging Technology Alliance (DETA),  um seleto laboratório internacional de políticas públicas para tecnologias emergentes como inteligência artificial, blockchain, cibersegurança e tecnologia quântica.

A adesão foi viabilizada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI), em articulação com a Secretaria Executiva de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos (SAI) e com o apoio do Governo da Catalunha, na Espanha, região globalmente reconhecida pela vanguarda em políticas digitais.

O que é a DETA?

A Disruptive & Emerging Technology Alliance é um consórcio internacional formado por governos de países e regiões comprometidos com o desenvolvimento de políticas públicas eficazes e éticas diante das transformações tecnológicas. Seu objetivo é criar um ambiente colaborativo entre representantes governamentais de centros tecnológicos líderes no mundo, discutindo estratégias regulatórias e de governança para antecipar os impactos sociais, econômicos e jurídicos de tecnologias disruptivas.

Dentre os temas em pauta na Aliança, destacam-se:

• Inteligência Artificial (IA)

• Cibersegurança

• Tecnologia Quântica

• Blockchain

• Direitos Digitais

• Regulação tecnológica responsável

Por que essa conquista é estratégica para Santa Catarina?

A entrada de Santa Catarina na DETA posiciona o Estado como um protagonista internacional nas discussões sobre o futuro da tecnologia e da transformação digital. Isso significa:

• Acesso a redes globais de especialistas e governos com políticas avançadas;

• Visibilidade internacional para os cases de sucesso do ecossistema catarinense;

• Captação de investimentos e parcerias em projetos de alto impacto;

• Influência na construção de marcos regulatórios globais em áreas estratégicas como IA e segurança cibernética.

Oportunidade para o ecossistema catarinense de tecnologia

A DETA não é apenas uma vitrine para governos: ela também representa uma ponte para o setor privado. Ao participar das discussões sobre governança digital e estratégias de adoção tecnológica, Santa Catarina passa a influenciar tendências globais, o que pode refletir em melhor ambiente regulatório, atração de talentos e desenvolvimento de novas soluções por empresas locais.

Neste contexto, iniciativas como o Programa Jovem Programador (PJP), apoiado pelo SEPROSC em parceria com o SENAC-SC e o Governo Estadual, tornam-se ainda mais relevantes. A formação de mão de obra qualificada alinhada às novas exigências tecnológicas reforça a posição de Santa Catarina como um território preparado para os desafios do futuro.

Visão de futuro e papel do associativismo

Com a previsão de abertura de quase 100 mil novas vagas na área de tecnologia em SC até 2027, segundo dados do Observatório ACATE, o alinhamento do Estado a redes como a DETA reforça a urgência de pensar políticas públicas voltadas à formação técnica, inclusão digital e governança tecnológica.

Nesse cenário, o papel das entidades representativas como o SEPROSC torna-se ainda mais fundamental, atuando como elo entre o setor produtivo, o poder público e os novos paradigmas que surgem com a transformação digital.

Conclusão: Santa Catarina no radar do mundo

Ao tornar-se membro da DETA, Santa Catarina não apenas reafirma sua vocação para a inovação, como assume um papel ativo na definição de políticas globais para tecnologias emergentes. Essa nova etapa coloca o Estado na vanguarda das decisões sobre o futuro digital, e abre portas para que empresas e profissionais catarinenses se integrem a um ecossistema de impacto global.

Publicado em: 28/05/2025 10:00:00