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Em 15 de abril de 2025, o SEPROSC promoveu um importante encontro do GRT, abordando o tema NR 1 e Fatores Psicossociais no Trabalho: Obrigações e Oportunidades. A especialista Sybele da Cruz, do SESI Saúde, foi a palestrante convidada para compartilhar seu vasto conhecimento sobre a norma que agora inclui explicitamente os fatores psicossociais como riscos ocupacionais.
Os fatores psicossociais referem-se a aspectos organizacionais que impactam a saúde mental e o bem-estar dos trabalhadores. Tais fatores, como sobrecarga de trabalho, demandas excessivas e falta de apoio social, podem prejudicar o desempenho e a saúde do colaborador. O que muitos não sabem é que esses riscos já estavam implícitos em normativas anteriores, mas agora, com a atualização da NR 1, há uma exigência explícita para sua avaliação e gestão dentro das empresas.
Sybele ressaltou que a inclusão dos fatores psicossociais na NR 1 traz um tratamento diferenciado em relação aos riscos físicos e químicos, obrigando as empresas a adotar metodologias claras para avaliá-los e documentá-los de forma sistemática.
Durante o evento, Sybele abordou uma série de equívocos que surgiram em relação à aplicação da nova versão da NR 1. Notícias de fake news circularam, afirmando que seria necessário contratar psicólogos para acompanhar os trabalhadores de forma contínua, o que não é verdade. Segundo a especialista, o que a NR 1 exige é que as empresas avaliem o ambiente de trabalho e a organização do trabalho para identificar possíveis riscos psicossociais, e não que realizem avaliações psicológicas individuais.
A especialista também destacou que os fatores psicossociais estão associados a agentes organizacionais, como carga excessiva de trabalho, falta de pausas e comunicação ineficaz. Por isso, a avaliação não deve ser feita de forma individualizada, mas sim focada na organização como um todo.
Uma das mudanças mais importantes na NR 1 é a obrigatoriedade das empresas documentarem metodologias de avaliação dos riscos psicossociais. Sybele explicou que a NR 1 exige que as empresas criem um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) que leve em consideração a gravidade e a probabilidade desses riscos, utilizando uma matriz de avaliação adequada.
Além disso, a especialista enfatizou que, mesmo para empresas menores, a avaliação de riscos psicossociais deve ser documentada, de modo que todas as ações preventivas e corretivas sejam registradas de forma clara e objetiva. Com isso, a empresa pode evitar complicações jurídicas no futuro e garantir a segurança e bem-estar de seus colaboradores.
As ações preventivas para minimizar os riscos psicossociais envolvem uma abordagem organizacional. Sybele sugeriu que as empresas:
Revise a organização do trabalho: Reduza a sobrecarga de tarefas e adote pausas regulares para os trabalhadores.
Proporcione apoio social: Crie canais de comunicação eficazes entre colaboradores e líderes para resolver problemas de forma rápida e eficaz.
Treinamento de liderança: Prepare líderes para reconhecer e lidar com fatores psicossociais, garantindo que o ambiente de trabalho seja acolhedor e saudável.
Ela também mencionou que as empresas devem monitorar continuamente os fatores psicossociais para garantir que as ações implementadas estejam sendo eficazes e que os riscos não aumentem com o tempo.
Embora muitas empresas ainda vejam os fatores psicossociais como um desafio, a NR 1 oferece uma oportunidade única para as organizações melhorarem suas práticas de segurança no trabalho e promoverem um ambiente saudável e seguro. Sybele ressaltou que prevenção e documentação são essenciais para garantir o cumprimento da norma e a proteção dos colaboradores.
A mudança na NR 1 é apenas o começo. Com a crescente importância da saúde mental no trabalho, as empresas que se prepararem adequadamente terão uma vantagem competitiva, além de contribuir para o bem-estar dos seus colaboradores.
Publicado em: 17/04/2025 15:58:18
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